Clos de L’Oratoire des Papes
Ano de criação: 1880
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A história do Clos de L’Oratoire des Papes remonta o século XIX, mais precisamente em 1880 quando Edouard Amouroux recebeu, pelo seu casamento, um belo lote de vinhas localizado num Clos. Naquele dia nascia o Clos des Oratoiens, em homenagem a uma pequena capela do século XVIII instalada entre os vinhedos. Dedicada a São Marcos, essa capela é ainda hoje o destino das procissões religiosas anuais.
Em 1926, o seu filho, Léonce Amouroux, criou a Maison Amouroux e decidiu renomear o seu vinho para “Clos de L’Oratoire des Papes” em memória aos Papas que tinham erguido o palácio de verão no século XIV nas alturas da aldeia que agora chama-se Châteauneuf-du-Pape. Para estampar a garrafa criou-se o emblemático rótulo que até hoje permanece inalterado e tornou-se um ícone na denominação. Este rótulo feito à mão e criado no coração do movimento artístico “Art Déco” tornou-se uma obra de arte, atemporal e imutável. Hoje, o Clos de L’Oratoire des Papes é um dos rótulos de vinho mais lendários da denominação, reconhecido em todo o mundo.
Em 2000, a respeitada Maison Ogier, fundada em 1859, tornou-se proprietária desse vinho. E desde 2008, no Clos de L’Oratoire des Papes, as vinhas são trabalhadas de acordo com os princípios da agricultura biológica. Segundo Edouard Guerin, diretor técnico da propriedade, “o que é preciso são solos vivos, vinhas bem nutridas e nunca traumatizadas para terem uvas em perfeitas condições que darão vinhos vivos e vibrantes”.
A vinificação do Clos de L’Oratoire des Papes tinto ocorre em uma adega com 11 cubas tronco cônicas de carvalho francês de 7.500 e 10.000 litros e o trabalho de co-fermentação (misturas de diferentes terroirs no mesmo tanque), realizado durante a vinificação assegura maior equilíbrio ao vinho. E como um verdadeiro maestro, Edouard Guerin, atento e meticuloso, atua em todos os processos para garantir o desenvolvimento de um cuvée com finesse e complexidade.
Clos de L’Oratoire des Papes é um daqueles vinhos lendários que conseguiram permanecer acessíveis
Chateauneuf-du-Pape é uma das mais cultuadas denominações de todo o mundo e distingue-se pela diversidade de seus solos. Existem quatro tipos de solo muito diferentes: os fragmentos calcários aportam frescor, mineralidade e salinidade, e representa cerca de 20% da área da denominação; os seixos rolados dão vinhos muito potentes e cobrem aproximadamente 60% da superfície da AOC; os solos arenosos são muito profundos e os vinhos produzidos neste tipo de solo são os mais finos e delicados e representam em média 15% da superfície; já os arenitos vermelhos são marcados por frutos vermelhos muito maduros e picantes que lembram a romã e os taninos destes vinhos tintos são “pegajosos” e conferem uma estrutura delicada aos lotes. Os solos de arenito vermelho cobrem cerca de 5% da superfície da AOC.
